sábado, julho 12, 2008

Desorientation

Tudo isto parece tão errado. Sinto que não sinto o suficiente para ter coragem e fugir. Estranho como a fuga seria o acto de coragem. Já não entendo. Já não me entendem. Já não admiram ou acham que é mais perverso fazer-me de tonta e ridicularizar. Já não me suportam. A mim, às coisas que outrora me preenchiam e me agarravam aos outros. Estão a contar-se mais as vezes que quero sair do que ficar a planar algures em ideias e conceitos pré-destinados. O que é que me prende? Sentir que devo estar em dívida... para comigo, pois a teimosia dos tempos tem de ter algum propósito. Estou encurralada, estou amarrada, estou em sofrimento. O que se perde? Uma boa parte da vida que já passou. Valerá a pena? É essa incerteza que não me deixa cair para lá daquilo que esperam... os outros, os relevantes, os que importam. Mas eu quero. E tudo já é uma questão estrutural e não de conceito. E, por isso, eu quero.

Sem comentários: