Loja do cidadão. O último sítio onde quero estar, especialmente de manhã... O barulho do mecanismo electrónico que dita o número do "contemplado" após horas de espera. Um calor sujo típico destes sítios. O ambiente estranho que se observa. Gente feia, bizarra, que tresanda. Mas sendo cidadão trabalhador é preciso estar inscrito na Segurança Social (a propósito, a minha senha é a 743) e saber que a Direcção Geral de Impostos situa-se no 1º piso, à esquerda.
Pagava para alguém se fazer passar por mim e falsificar a minha assinatura. Pagava. Pagava muito.
E os cheiros... odores humanos estranhos a narizes asseados... caril, muamba, feijoada à brasileira, arroz chow-chow... Pagava. Pagava muito.
O ar típico das senhoras que ocupam a cadeira por detrás dos guichês, o discurso ensaiado de termos técnicos que nem elas próprias ousam perceber. Pagava. Pagava muito.
E o cheiro... nauseabundo...
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