Onde é que foi?
A maturidade devia ser uma coisa tipo filme do Tarantino. Ora faz sentido ora não se adequa ao desenrolar da acção mas não tem qualquer importância. Uma amiga diz-me que isso é viver no mundo do la la la... e tem razão. Depois há aquele cliché de que os fortes se revelam nos momentos difíceis. Ou então que é necessário percorrer o caminho das pedras. Deixem-se de coisas. O forte não é superhomem e não dá para percorrer o caminho das pedras sempre descalço. “E lá se vai andando com cabeça entre as orelhas”.
Agora pergunto: como é que vivendo tudo a mil, precipitam o nosso amadurecimento como o dos vinhos da casa dos restaurantes que servem pratinhos ao almoço, aos senhores que trabalham das nove às cinco?
Tudo é instantâneo, tudo soa a falso, tudo cheira a cola. Tudo parece um teatro cujo fim depende do humor do encenador.
E pelo caminho perdem-se livros, músicas, pessoas...
Perco a palidez de outrora, perco o rubor envergonhado...
Perco a paciência, perco as estribeiras,
Perco a vontade de estar...
Sem comentários:
Enviar um comentário